A urgência ambiental é um tema que impacta diretamente a vida no Rio de Janeiro e exige a sua participação ativa. Os Diálogos Locais será a sua plataforma para transformar preocupações em propostas concretas e influentes.
A seguir, detalhamos os pontos chaves que a sociedade não apenas pode, mas precisa entender e debater, pois serão os pilares da Carta Rio a ser apresentada na COP30:
Resiliência Urbana e o Risco de Eventos Extremos: O Rio de Janeiro é vulnerável a desastres como inundações e ondas de calor. A sociedade precisa compreender que investir em resiliência não é um gasto, mas uma medida vital para salvar vidas e proteger a cidade. Nos Diálogos, teremos a chance de debater a adaptação da infraestrutura, a gestão de riscos em áreas de encosta e a criação de sistemas de alerta comunitários eficientes.
Justiça Climática e Combate à Desigualdade: Os impactos ambientais não atingem a todos igualmente; eles penalizam de forma desproporcional às populações vulneráveis (favelas e periferias). A solução climática, portanto, deve ser também uma solução social. É crucial que a sociedade entenda que garantir saneamento básico, acesso à água e energia limpa nas comunidades é uma pauta de direitos humanos. Os Diálogos Locais são o fórum ideal para propor políticas que vinculam clima e redução de desigualdade, como o Observatório do Calor (Alemão).
Saneamento Básico e a Saúde dos Nossos Ecossistemas Hídricos: A poluição de baías e lagoas, causada majoritariamente pela falta de tratamento de esgoto, é um obstáculo gigantesco ao desenvolvimento sustentável, comprometendo a saúde pública e a economia. Precisamos entender a importância da universalização do saneamento, do tratamento de efluentes e da fiscalização rigorosa de grandes poluidores para a recuperação de nossos rios e costa.
Biodiversidade, Mata Atlântica e Serviços Ambientais: Nossas florestas urbanas e ecossistemas costeiros são serviços de utilidade pública: regulam o clima, controlam enchentes e purificam o ar. A expansão urbana desordenada ameaça diretamente a Mata Atlântica e a restinga. A participação da sociedade é fundamental para propor a proteção de áreas de preservação, o fortalecimento de parques urbanos e projetos de reflorestamento desempenhados pela SMAC com espécies nativas.
Economia Verde, Trabalho e Renda: A transição para uma economia de baixo carbono — com investimento em energias renováveis, eficiência energética e gestão de resíduos (reciclagem e economia circular – presente em programas como o Coco no Ponto, Guardiões dos Rios, Guardiãs das Matas e Hortas Cariocas) é uma poderosa ferramenta de geração de emprego e renda. Precisamos debater incentivos para empresas verdes, a capacitação profissional em sustentabilidade e novos modelos econômicos justos.
Por que participar?
Os Diálogos Locais são a oportunidade de ouro para que esses temas, complexos e cruciais, sejam levados do debate cotidiano para o nível de decisão global. Sua Voz é o elo que faltava entre a rua e a conferência mundial. Seu conhecimento prático e sua visão são essenciais para construir um Rio mais justo e preparado para o futuro.